Brasil perde 2 milhões de empregos e R$ 290 bilhões em um ano
Informações publicadas nesta sexta-feira (20) pelo Ministério do Trabalho, compiladas a partir da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), mostram que, em um ano, o Brasil perdeu 2,001 milhões de empregos formais.
Com a redução das vagas, a massa salarial recuou para R$ 1,332 trilhão – menos R$ 290 bilhões no ano.
Os dados, que têm como ano referência 2016, ainda revelam que o número de postos de trabalho – que inclui carteira assinada e estatutários – caiu para 46,060 milhões (-4,16%), impactando sobremaneira os jovens e pessoas com menos escolaridade.
De acordo com a Rais, o Brasil fechou 2016 com 8,206 milhões de estabelecimentos, 108 mil a menos (-1,3%) do que no ano anterior. As maiores quedas foram registradas em estabelecimentos de médio ou grande porte: o total com 250 a 499 empregados caiu 5,3%. Entre aqueles com 500 a 999, a retração foi de 6,5%, e nos estabelecimentos com mil ou mais, de 6,3% (menos 635 mil). Nesse último concentram-se quase 12 milhões de trabalhadores.
Construção civil em queda
A pesquisa mostra que o setor mais impactado foi o da construção civil, que caiu 18,05% – 437.260 empregos a menos em relação a 2015.
O comércio varejista vem em seguida com uma redução de 249.238 (-3,15%) e a administração pública, 372.835 (-4,05%).
E a indústria?
A indústria também perderam postos de trabalho. Percentualmente, a maior retração foi no segmento de material de transporte, que inclui as montadoras de veículos: -11,75%, com fechamento de 60.404 vagas.
Gênero
No recorte por gênero, os homens ainda são maioria e ocupam 56% do mercado de trabalho formal, com aproximadamente 25,8 milhões. As mulheres somam 20,3 milhões (44%).
O entanto, as demissões ocorreram mais entre os homens, a queda foi maior entre os trabalhadores do sexo masculino: -4,16%, ante -3,51% do feminino.
Em um período mais amplo, de 2010 a 2016, quando o emprego formal se expandiu 4,52%, a presença das mulheres aumentou 10,63%, enquanto os homens mantiveram estabilidade (0,17%).
Portal CTB - Com informações da RBA